Semana de 4 dias: Pontos positivos e negativos, segundo empresas que já testaram

Semana de 4 dias: Pontos positivos e negativos, segundo empresas que já testaram

Há alguns meses, o assunto “semana de 4 dias” se tornou em alta no Brasil, apesar de ter sido colocado em prática pioneiramente em empresas do exterior.

Segundo uma pesquisa da WeWork e da Page Outsourcing feita com 10 mil profissionais de cinco países da América Latina, incluindo o Brasil, o expediente inovador foi muito cobiçado por trabalhadores à época. 76% dos entrevistados acreditavam que seriam mais produtivos com o modelo.

No entanto, empresas estrangeiras e brasileiras que testaram apontaram pontos positivos e negativos para esta semana de trabalho mais curta.

Como funciona a semana de 4 dias

A semana de 4 dias vem sendo debatida há alguns anos, sendo ainda mais citada durante a pandemia de Covid-19. O empresário e filantropo Andrew Barnes, que iniciou o movimento, abordou o modelo em seu TED Talks (conferências em forma de palestras que ocorrem na Europa, na Ásia e nas Américas) em 2019, falando sobre produtividade.

A prática da semana de 4 dias de trabalho pode variar dependendo da empresa e do colaborador. No Brasil, é comum trabalhar entre 40 a 44 horas por semana. Porém, algumas empresas que implementaram a semana de 4 dias reduziram também a carga horária para 32 horas semanais. Isso porque existe uma tendência de ter folga na sexta-feira, trabalhando de segunda a quinta-feira e incorporando a sexta ao final de semana. Com esse método, as horas que seriam cumpridas na sexta-feira geralmente não seriam compensadas nos demais dias, trabalhando-se, portanto, 32 horas semanais.

Algumas empresas optaram pela folga na quarta-feira, pois perceberam que os colaboradores se sentiam mais fadigados ao decorrer da semana. Esse movimento começou com a agência de marketing digital Versa na Austrália e logo o mundo teve conhecimento, nomeando-o de “No Work Wednesday”.

O movimento também ficou conhecido como “100-80-100”, pois o trabalhador continua recebendo 100% do salário, mas trabalha 80% do tempo, em troca, tem o comprometimento de manter 100% da produtividade.

Pontos positivos da semana de 4 dias

A semana de 4 dias foi pensada para gerar mais produtividade e visava o bem-estar físico e mental dos trabalhadores. As primeiras empresas, tanto brasileiras quanto estrangeiras, que testaram o novo modelo de carga horária relataram que os funcionários tiveram aumento da qualidade de vida e se sentiram menos ansiosos, mais criativos e mais produtivos.

A maioria dos trabalhadores relataram ter mais horas ao ar livre, tempo para cuidar da saúde mental, ter aumentado a frequência dos exercícios e, principalmente, mais tempo para organizar a própria casa e dar atenção à família. Os funcionários em sua maioria preferiram deixar o final de semana para descansar.

Ainda, a semana mais curta desencadeou resultados para as empresas, com melhores resultados, estímulo à inovação e maior retenção e atração de talentos.

A empresa Versa, que citamos anteriormente, relatou a portais de notícias que viu sua receita aumentar em 30% a 40% em relação ao ano anterior e disse ter funcionários mais felizes e mais produtivos após a implementação da semana de 4 dias.

No Brasil, a empresa de tecnologia Vockan começou com a implantação de forma gradual, iniciando o modelo com a equipe de suporte. Após cerca de quatro meses, a organização diz ter tido um aumento do índice de percepção de qualidade de vida de 57% para 86% e a satisfação de 54% para 70%. O CEO relatou ter percebido que a produtividade aumentou nas primeiras semanas e a rotatividade dos funcionários caiu consideravelmente.

Já para a empresa Phonetrack, plataforma de Call Tracking e Call Analytics, a produtividade se manteve a mesma após a implantação da semana de 4 dias. No entanto, os pedidos de demissão caíram 48%, e os clientes e colaboradores mostraram melhores níveis de satisfação. A coordenadora de gestão de pessoas da empresa contou que os funcionários mantiveram o mesmo nível de atividade fazendo menos horas extras, isto é, os colaboradores não trabalharam além dos quatro dias. Contudo, a executiva disse ter sido necessário adaptações, como reuniões mais curtas e envio da pauta com antecedência, para economizar tempo.

Além de ter que “economizar tempo” e ter que gerenciá-lo melhor, vejamos quais são os outros desafios que as empresas enfrentam ao adotar a semana de 4 dias.

Pontos negativos da semana de 4 dias

A semana de 4 dias é desejada por muitos trabalhadores, em contrapartida, muitas empresas têm resistência para implantar o modelo na organização. Na semana mais curta, um funcionário trabalha 20% a menos, mas continua com 100% do salário. Um ponto positivo para o trabalhador, mas que pode ser negativo para o setor financeiro da empresa, como da Vockan. A funcionária da empresa que citamos anteriormente disse que foi um desafio convencer as lideranças, e que houve questionamento da área financeira quanto a manter o salário de um funcionário que está trabalhando menos.

Nas áreas operacionais da mesma empresa, o receio era liberar os empregados por um dia e não manter o mesmo nível dos serviços. Na Vockan, a solução foi um rodízio dos funcionários, adotando escalas, para que os clientes não ficassem desassistidos. A empresa AAA, de educação em administração, encontrou outra solução. Os gestores definiam a folga de cada equipe, de acordo com as demandas de cada área.

O head de Sucesso do Cliente da AAA citou que outro desafio é a adaptação. A empresa levou tempo para entender que era possível reduzir processos que achavam que não poderiam. O executivo relatou ainda que foi um grande desafio encontrar um day off em dias com fluxo de entregas grande.

O CEO da empresa de tecnologia NovaHaus disse ser difícil mensurar o quanto a semana de 4 dias contribuiu com a melhora do desempenho. “O modelo demanda que avaliemos a produtividade de outra forma, porque na empresa trabalhamos com muitos processos criativos. Não é olhando as horas, mas resultados, e isso é muito subjetivo”, relatou.

A gerente de Recursos Humanos da startup financeira Efí disse que um dia a menos não é fácil e requer esforços. A funcionária disse que é necessário uma boa comunicação entre equipes e treinamentos, para colher os benefícios sem que afete os resultados.

Com benefícios e desafios, a semana de 4 dias ainda está em teste ao redor do globo. Algumas empresas implantaram o modelo e decidiram não dar continuidade, enquanto outras organizações implantaram e estão desde então. É preciso equilíbrio, organização e gestão de tempo para colher os frutos, como o bem-estar dos funcionários e maior produtividade.

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Redação

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