Asma ocupacional: o que é e como evitar
Muitas pessoas acreditam que a asma é decorrente de fatores biológicos pré-existentes, mas você sabia que ela pode ser causada por aspectos ligados ao ambiente de trabalho? Quando isso ocorre, estamos diante da asma ocupacional.
A D+ Saúde Medicina e Segurança do Trabalho traz todas as informações sobre a asma ocupacional – do diagnóstico e fatores de risco à prevenção e tratamento. Saiba mais!
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O que é asma ocupacional?
A asma ocupacional é definida como o estreitamento das vias áreas. Ela afeta principalmente o pulmão, causada pela inalação de partículas de ar com substâncias que podem irritar ou sensibilizar as vias respiratórias. Essa condição afeta até 20% dos trabalhadores em países considerados como industrializados.
Destaca-se que essa doença pode levar meses ou até anos para se apresentar, portanto a avaliação de todo o histórico do trabalhador é fundamental, considerando também o grau de exposição aos químicos e outras substâncias que podem causá-la.
Assim, a principal diferença entre a asma comum e a asma ocupacional está na preexistência ou não da doença – é importante alertar que funcionários que já a possuem podem vê-la agravada diante da exposição aos fatores ambientais de risco.
Quais os sintomas?
Os sintomas da asma ocupacional são geralmente ligados à manifestações do trato respiratório, mas também afetam outros aspectos físicos. Conheça os principais sintomas da asma ocupacional:
- Desconfortos no peito, como apertos;
- Falta de ar;
- Sibilos na respiração;
- Tosse;
- Espirros;
- Lacrimação;
- Irritação na garganta;
- Coriza.
Qual o diagnóstico?
O diagnóstico, como de qualquer outra doença, deve ser feito por um médico especializado no sistema respiratório, como um pneumologista.
A asma ocupacional é diagnosticada pela análise do conjunto de histórico médico do trabalhador, condições ambientais do seu trabalho e exames simples, como o teste de inalação, em que, de forma controlada, o paciente é exposto a determinadas substâncias para aferir como o organismo reagirá, e testes de alergia.
Fatores de risco
Embora algumas atividades laborais apresentem maior risco de desenvolvimento de asma ocupacional, toda e qualquer empresa que trabalhe com exposição à substâncias químicas deve estar atenta às formas de prevenção.
Em primeiro lugar, se a sua empresa desenvolve esse tipo de atividade, não há como deixar de cobrar o uso correto e constante dos EPIs – Equipamentos de Proteção Individual, principalmente as máscaras que filtram as partículas prejudiciais ao sistema respiratório.
É importante saber que, mesmo quando o funcionário não tem contato direto, a proteção deve ser visada. Um exemplo é o caso de fábricas, em que a poluição da indústria se espalha pelo ar e é capaz de afetar toda a equipe, ainda que não exerçam o trabalho nas máquinas.
Além dos químicos, a própria poeira pode se apresentar como um fator de risco, principalmente se o funcionário já apresenta predisposição ao desenvolvimento da doença.
Confira algumas profissões que demandam maior cuidado diante do alto grau de exposição:
- Professores, devido à inalação do pó de giz;
- Trabalhadores de galpões e outros ambientes similares, em razão da constante poeira;
- Operadores de máquinas;
- Veterinários e outros que tratem com animais;
- Padeiros;
- Médicos;
- Qualquer ocupação que demande o manuseio de químicos, principalmente sem a correta utilização dos EPIs.
Quais os riscos da asma ocupacional?
Além de uma evidente diminuição da qualidade de vida do trabalhador, a asma ocupacional demanda ainda maior cuidado que a comum, tendo em vista que o profissional dificilmente poderá deixar de efetuar suas atividades, portanto a exposição será contínua.
Assim, os principais riscos residem no desenvolvimento e agravamento de outras doenças, como bronquite e até mesmo o coronavírus, considerando que é também um vírus que ataca o sistema respiratório.
Tratamento da asma ocupacional
A principal forma de tratamento é afastar o funcionário da atividade que está afetando a sua saúde, mas, muitas vezes, isso não é possível.
Assim, posterior ao diagnóstico, o médico indicará as formas mais eficientes de lidar com a asma ocupacional, o que geralmente envolve a utilização de medicamentos que abrem as vias áreas, e a utilização constante de equipamentos de proteção.
Em resumo, o tratamento da asma ocupacional é bastante similar ao da asma comum, com utilização de broncodilatadores e outros redutores da inflamação, e a pessoa com asma ocupacional pode trabalhar sem maiores problemas, desde que com os devidos cuidados.
Prevenção da asma ocupacional nas empresas
Primeiramente, é importante lembrar que um funcionário doente significa maiores encargos e menor produtividade para a sua empresa. Além disso, você, como empresário ou gestor, possui a responsabilidade legal de assegurar um ambiente saudável e de bem-estar para os trabalhadores.
Dessa forma, a D+ Saúde Medicina e Segurança do Trabalho pode auxiliar na implementação de medidas preventivas ao desenvolvimento da asma ocupacional e de outras doenças relacionadas ao trabalho.
Confira algumas ações que podem ser adotadas na sua empresa para evitar a asma ocupacional:
- Utilização de EPIs de forma correta e contínua;
- Ventilação eficiente;
- Substituição de substâncias por outras de menor toxicidade, quando possível;
- Análise dos processos adotados na empresa, buscando a redução da emissão de químicos;
- Alteração de atividade do trabalhador afetado;
- Orientação e treinamento da sua equipe para diminuir a exposição.
Quanto maior o tempo de exposição, maior a possibilidade de desenvolvimento dessa e de outras doenças laborais, portanto entre em contato e faça o orçamento para traçar um plano de prevenção na sua empresa.
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