Telemedicina gera 80% de economia e resolve quase 90% das queixas dos pacientes

Telemedicina gera 80% de economia e resolve quase 90% das queixas dos pacientes

Um levantamento inédito, realizado com uma base de dados de 2,5 milhões de pacientes de uma player de saúde digital, maior da América Latina, apontou que entre os meses de agosto a outubro de 2022 o uso de telemedicina gerou uma economia de R$12 milhões, equivalente a 80% ao custo estimado caso os atendimentos fossem realizados na rede física. Os mais de 57 mil atendimentos por telemedicina para urgências e emergências realizados no período resolveram 88% das queixas, e apenas 1,5 mil pacientes foram encaminhados ao pronto-socorro (PS) físico. Os custos totais dos atendimentos foram de pouco mais de R$ 3 milhões. Sem a telemedicina, as despesas seriam da ordem de R$ 15 milhões.  

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A telemedicina está autorizada na rede pública e privada de saúde do Distrito Federal. A Lei nº 7.215/2023, sancionada pelo governador Ibaneis Rocha e publicada no Diário Oficial da União, assegura ao médico autonomia na decisão de adotar ou não a telemedicina para cuidados ao paciente, cabendo ao profissional indicar a consulta presencial quando considerar necessário.

A publicação também prevê a obrigatoriedade de capacitação do médico em bioética, responsabilidade digital, segurança digital, pilares para a teleconsulta responsável, telepropedêutica e treinamento em mídia digital em saúde. Segundo a lei, o atendimento por telemedicina só poderá ser realizado após autorização do paciente ou de seu responsável legal.

O texto esclarece que cabe ao gestor responsável pelo local de provimento do serviço disponibilizar espaço fixo com privacidade, banda de comunicação exclusiva para telemedicina e equipamentos e softwares que atendam às exigências necessárias.

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Telemedicina

Entende-se por telemedicina o exercício da medicina mediado por tecnologias para fins de assistência (acompanhamento, diagnóstico, tratamento e vigilância epidemiológica); prevenção de doenças e lesões; promoção de saúde, educação e pesquisa em saúde.

“Essa economia pode ser ainda maior se considerarmos que, no presencial, são solicitados em média 3 exames complementares por atendimento versus 0,8 solicitações da telemedicina”, explica Gabriel Garcez, diretor médico de uma player de saúde.. Em relação aos encaminhamentos médicos para o serviço presencial, o principal problema de saúde apontado pelos profissionais foi a ansiedade, reforçando a importância dos cuidados com a saúde mental, além da física. 

elemedicina

Outro achado do estudo chama atenção para a necessidade de mudança nos hábitos e comportamentos da população. Do universo de 88% de resolubilidade, cerca de 10% dos pacientes que tiveram alta por telemedicina ainda acessaram o pronto-socorro presencial sem necessidade, reforçando que ainda precisamos avançar na adesão e cultura de atendimentos digitais para otimizar o sistema de saúde. “A principal queixa dos que foram ao PS presencial após o atendimento digital está relacionada com doenças infecciosas, como Covid-19 e Influenza, impondo o risco de infectar outros pacientes que realmente necessitavam do serviço físico”, finaliza Garcez.  

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Telemedicina com os anos

Uma pesquisa feita com 1.183 médicos dos estados de São Paulo e do Maranhão mostra que a telemedicina foi usada para consultas, durante a pandemia de covid-19, por cerca de um terço deles ou 30,6%.

O estudo, apoiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) e o Newton Fund, do Reino Unido, foi conduzido por pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP), da Universidade Federal do Maranhão (UFMA) e da Queen Mary University of London (Reino Unido).

A pesquisa mostrou que a telemedicina foi mais frequentemente utilizada para conectar profissionais na discussão de casos clínicos (55%), em reuniões de serviço (48%) e na capacitação e atualização de conhecimentos (40%).

Sobre a D+ Saúde

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Redação

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