Varíola dos macacos: como proteger sua empresa
Depois da pandemia de Covid-19, toda nova doença que é tratada como emergência de saúde global nos causa grande preocupação. Esse é o caso da varíola dos macacos, ou monkeypox, como vem sendo chamada.
Acontece que a forma de contágio, os sintomas e os tratamentos são bastante diferentes do coronavírus. No entanto, ainda há muitas dúvidas acerca dessa doença. A D+ Saúde te explica os principais pontos e como você pode atuar para deixar seus colaboradores protegidos.
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O que é a varíola dos macacos?
A varíola dos macacos é caracterizada como uma zoonose viral, ou seja, uma doença que chegou aos humanos a partir de um vírus que se desenvolveu nos animais.
A varíola dos macacos no Brasil está em estágio de transmissão comunitária, portanto a OMS recomenda a vacinação de pessoas que estão em grupos de risco de exposição à doença.
Varíola dos macacos no Brasil
De acordo com dados de 29 de agosto de 2022, até o momento foram registradas pouco mais de 4.470 infecções confirmadas. Enquanto isso, ocorreram duas mortes – sendo uma de uma pessoa com severas comorbidades que afetavam o sistema imunológico.
O primeiro caso foi confirmado em junho de 2022, em um homem que viajou para a Espanha e Portugal.
Como é transmitida?
Felizmente, a varíola dos macacos não é um vírus respiratório e a forma de contágio se dá pelo contato mais direto com pessoas infectadas. Este ocorre principalmente através das lesões, secreções respiratórias ou ainda por meio de objetos que foram usados pela pessoa doente.
A vantagem é que não se trata de um vírus novo – o primeiro caso varíola dos macacos registrado é da década de 70. Portanto, possuímos informações concretas sobre o funcionamento e prevenção da doença.
Quais os sintomas da varíola dos macacos?
Como apontamos no início do texto, os sintomas são bastante diferentes do coronavírus – até porque se tratam de famílias virais diversas. Assim, os principais sintomas são:
- Febre;
- Dores no corpo, principalmente nas costas;
- Cansaço extremo;
- Inchaço dos gânglios;
- Calafrios;
- Dores de cabeça;
- Erupções e feridas na pele, que iniciam vermelhas e evoluem para bolhas e cascas – apesar de ser o sintoma mais característico, é um dos últimos a aparecer.
A incubação dura de 6 a 13 dias, mas pode chegar até a 21 dias. A infecção pode ocorrer até todas as lesões estarem curadas – após as crostas das feridas terem caídos e uma nova camada de pele ter se formado.
Como prevenir?
Apesar de todas as diferenças em relação à Covid, a forma de prevenção é praticamente a mesma: higiene constante das mãos, distanciamento e uso de máscaras.
Também é recomendado evitar o contato com os animais que transmitem os vírus ou viajar para localidades onde a doença é classificada como endêmica.
Como tratar?
O tratamento costuma ser bastante simples, já que o sistema imunológico é capaz de combater a doença, que possui duração média dos sintomas entre 2 e 4 semanas.
Assim, se a sua dúvida é se a varíola dos macacos mata, em grande parte dos casos, a infecção desaparece por conta própria. Os riscos maiores estão naquelas pessoas que possuem imunidade deficiente, como bebês, crianças e imunocomprometidos.
É importante alertar que, apesar de serem diferentes, a vacina que protege da varíola humana e os medicamentos usados para combatê-la, também podem servir para a varíola dos macacos.
Apesar de serem da mesma família e gênero de vírus, a varíola humana foi oficialmente erradicada ainda na década de 80 e tinha uma taxa de letalidade muito maior do que a varíola dos macacos.
Como proteger o contágio nas empresas?
Primeiramente, é importante saber o que fazer em caso de suspeita ou exposição ao vírus. Se há dúvida, monitore a temperatura a cada 12 horas durante 21 dias, o ciclo máximo de incubação, e evite contato com outras pessoas.
Também é importante alertar sua equipe médica ou de Recursos Humanos, caso não possua atendimento diretamente na empresa para os casos suspeitos. Recomenda-se o isolamento domiciliar durante o período referido.
Por fim, se você quer uma empresa comprometida com a saúde dos colaboradores, lembre-se de sempre prestar orientações corretas e embasadas cientificamente para evitar pânico e mentiras sobre a doença. Incentive o uso de máscaras, álcool em gel, higienização e ventilação do ambiente e o não compartilhamento de objetos.
Quais os direitos de quem pega varíola dos macacos?
Considerando que a principal indicação para quem está com o vírus é justamente o isolamento, que impõe o afastamento do trabalhador, quem pega varíola dos macacos tem direito à remuneração durante esse período.
É importante saber que a empresa deve subsidiar até o 15º dia – a partir desse marco, encaminha-se para benefício previdenciário no INSS.
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Agora que você já está bem informado, é hora de planejar a proteção dos seus funcionários para os principais riscos relacionados ao ambiente de trabalho. Entre em contato com a D+ Saúde e peça o seu orçamento.
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