Mulher no mercado de trabalho e na Segurança e Saúde do Trabalho

Mulher no mercado de trabalho e na Segurança e Saúde do Trabalho

É de conhecimento de todos que a mulher no mercado de trabalho demorou muito para acontecer e ser aceita. Apenas durante a primeira e segunda Guerra Mundial que o número de trabalhadoras femininas foi aumentando, já que os homens estavam lutando.

Apesar de hoje elas já atingirem posições de destaque, ainda há muita desigualdade em relação ao homem no mercado de trabalho. Assim, mesmo fazendo jornadas duplas – trabalhando fora e também sendo dona de casa -, ainda são pouco valorizadas, especialmente quanto ao salário.

Neste conteúdo, vamos falar sobre a história da mulher no mercado de trabalho, essa desigualdade e a importância da segurança e saúde do trabalho. Continue a leitura.

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Mulher no mercado de trabalho

Apesar de o trabalho fazer parte da vida dos seres humanos desde sempre, a inserção da mulher nesse meio só ocorreu nas grandes guerras, conforme mencionamos no início. Como o homem saiu de casa para os campos de batalhas, coube a elas procurar uma fonte de renda para sustentar a casa e os filhos.

Muitas foram para as fábricas durante as revoluções industriais, porém suas funções continuavam sendo aquelas consideradas “de mulher” como limpar e servir comida. Além da desvalorização do seu trabalho, o salário era muito inferior ao dos homens. A justificativa para tal era de que elas já tinham quem as sustentasse – os maridos.

Mesmo em tempos mais conservadores, muitas já começavam a se questionar porque não podiam trabalhar e dividir as tarefas com seus maridos. Algumas, inclusive, já começaram a mobilizar protestos em busca de melhores direitos.

No entanto, apenas em 1920 que algumas leis foram criadas em benefício da mulher, como a redução da jornada de trabalho para 44 horas semanais, para encontrar tempo de descansar e realizar as tarefas domésticas. Mas as condições insalubres e desrespeitosas continuavam.

Além do pouco espaço que elas tinham no mercado de trabalho, os assédios e preconceitos eram constantes. Tanto que seu salário era 70% menor do que o dos homens nos mesmos cargos. 

Apenas em 1975, a ONU decretou o “Ano Internacional da Mulher”. E mesmo com avanços que elas apresentaram no mercado de trabalho de lá pra cá, vemos que ainda falta muito nessa caminhada.

Mulher no mercado do trabalho no Brasil

No Brasil, durante a industrialização, muitas mulheres ganharam espaço no mercado de trabalho, entretanto, também desempenhavam funções com baixa qualificação e pouca remuneração. 

Ainda em 2018, as mulheres recebiam mais de 20% a menos que os homens. Isso porque, além do trabalho assalariado, elas ainda têm a jornada dupla de cuidar da casa e dos filhos.

Mesmo com várias pessoas mudando essa mentalidade machista de que apenas a mulher cuida da casa, essa ainda é uma realidade grande num mundo tão conservador.

Mulher na Segurança e Saúde do Trabalho

Ainda que haja muito preconceito e dificuldade para a mulher no mercado de trabalho, independente da área, aos poucos vemos sua inserção em profissões até então consideradas masculinas. Um exemplo disso são as jogadoras da seleção brasileira de futebol, mulheres engenheiras e até caminhoneiras.

Mas, mesmo realizando o sonho profissional de um lado, do outro ainda há uma jornada dupla dentro de casa. Seja para complementar a renda, buscar seus sonhos ou sustentar a casa e os filhos, é certo que a mulher no mercado de trabalho tende a ter mais horas de trabalho do que o homem.

Segundo a Agência de Saúde Pública de Barcelona, as jornadas de trabalho com mais do que 40 horas semanais podem levar a problemas físicos e emocionais. Por essa razão que a mulher no mercado de trabalho está mais propensa a desenvolver tais doenças.

Já um estudo realizado pelo Ministério da Previdência Social apontou que os homens têm mais propensão para acidentes traumáticos, enquanto que as mulheres tendem a desenvolver doenças ocupacionais.

Dessas doenças, podemos citar: LER/DORT, estresse, depressão, gastrite, ansiedade, enxaqueca, endometriose, problemas cardíacos, hormonais e psicológicos. Junto a isso, temos o relatório da Organização Mundial da Saúde, que mostra o Brasil no primeiro lugar da América Latina com maior índice de depressão e o maior do mundo quanto a ansiedade.

Além disso, temos que lembrar também que a mulher no mercado de trabalho passa por situações constrangedoras, como assédio sexual e moral, agressão, entre outras. E junto de tudo isso, cada vez mais a saúde emocional delas enfraquece.

Isso porque junto com toda essa carga, também tem a culpa por não realizar outras tarefas, como ajudar e brincar com os filhos, ter um tempo para si, etc. Tudo isso faz também com que a mulher sinta uma pressão para cumprir com certas expectativas.

Como melhorar a situação da mulher no mercado de trabalho?

Para melhorar a saúde e segurança da mulher no mercado de trabalho é preciso investir em condições melhores, como ter flexibilidade nos horários, reconhecer e levar em consideração a diferença de gêneros e políticas para ser um lugar seguro e agradável.

Podem ser implementadas ações para melhorar o estresse no ambiente de trabalho, por exemplo. Assim como em questão a ergonomia de todo escritório. Afinal, por lei, a empresa tem que garantir o bem-estar físico, mental e social dos trabalhadores.

Dessa forma, a mulher no mercado de trabalho poderá conquistar cada vez mais seu espaço, sem ficar doente por conta disso, conseguindo conciliar sua vida profissional e pessoal, de um jeito saudável.

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Continue lendo mais conteúdos de saúde no nosso blog!

Aline Almeida

Aline Almeida

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