O que é burnout, como identificar e por que sua empresa deve se preocupar?
Causada pela exaustão extrema relacionada ao trabalho, a síndrome de burnout tem crescido nos últimos anos. Tanto que ela é classificada pela Organização Mundial da Saúde, a OMS, como sendo um fenômeno ocupacional.
A OMS também já divulgou que se perde hoje cerca de US$ 1 trilhão no mundo por conta de problemas relacionados à saúde mental no trabalho.
Segundo um estudo de 2016 da Escola de Economia de Londres, US$ 63,3 bilhões por ano era o que se perdia naquela época no Brasil por conta de afastamento no trabalho por questões relacionadas a estresse e depressão.
Com a pandemia da Covid-19 a situação se tornou ainda pior. Uma pesquisa do Instituto D’Or de Pesquisa e Ensino, a IDOR, apontou que um 1 em cada 6 profissionais da área da saúde apresentou sinais de burnout durante a pandemia.
Mas afinal o que é burnout, como posso identificar esse distúrbio emocional nos meus funcionários e o que é possível fazer para evitar? Acompanhe para saber tudo sobre o assunto!
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O que é burnout?
A síndrome de burnout ou síndrome do esgotamento profissional é um distúrbio emocional que resulta de situações desgastantes no trabalho.
As principais causas são o excesso de trabalho, tensão emocional, competitividade, dificuldade, bem como o peso da responsabilidade gerado nesse ambiente.
Além disso, uma carga horária excessiva de trabalho, a falta de reconhecimento, a falta de autonomia e justiça e metas inatingíveis também são razões que levam os profissionais a esse estado de estresse.
A síndrome de burnout é muito comum em profissionais que trabalham sob pressão como médicos, enfermeiros, policiais, jornalistas, professores, publicitários e demais pessoas que tenham dupla ou tripla jornada.
É uma síndrome comum em profissionais que atuam sob pressão e seu nome, em inglês, significa algo como “queimar”, “reduzir às cinzas” ou “esgotar”.
O burnout pode resultar em estado de depressão profunda e necessita de ajuda profissional.
Quais os principais sintomas?
Os principais sinais de que a pessoa está entrando nesse distúrbio são:
- Agressividade;
- Alteração nos batimentos cardíacos;
- Alterações de apetite;
- Alterações de humor;
- Cansaço físico e mental excessivos;
- Desânimo;
- Dor de cabeça muito frequente;
- Dores musculares;
- Fadiga;
- Insegurança;
- Insônia;
- Isolamento;
- Lapsos de memória;
- Negatividade;
- Pressão alta;
- Problemas em se concentrar;
- Problemas gastrointestinais;
- Sentimento de fracasso, incompetência e desesperança;
- Tristeza excessiva.
Como é feito o diagnóstico da síndrome de burnout?
Somente um especialista, como um psiquiatra ou psicólogo, é capaz de diagnosticar o burnout. Para isso, é necessário fazer uma análise clínica da pessoa através de uma completa anamnese.
Na empresa, é possível identificar os trabalhadores que estão com o distúrbio com um acompanhamento sempre de perto pela equipe de medicina do trabalho.
Qual o tratamento do burnout?
O principal tratamento para o burnout é a psicoterapia e, em alguns casos, pode ser necessário o uso de medicamentos como os antidepressivos e ansiolíticos. Exercícios físicos também podem ajudar no controle dos sintomas.
Além disso, é fundamental haver uma mudança nas condições de trabalho e nos hábitos do trabalhador, tanto dentro da empresa quanto na vida pessoal. Inclusive, recomenda-se que após o diagnóstico, o funcionário entre de férias para poder se recuperar de maneira mais rápida.
A empresa precisa de apoio especializado de profissionais para que a saúde e bem estar dos trabalhadores sejam levados em consideração sempre.
Como prevenir?
A principal medida de prevenção do burnout é diminuir a pressão e o estresse no trabalho. Além disso, manter uma organização de horários, pensando sempre nos momentos de lazer com a família e amigos.
As atividades físicas e relaxamento sempre ajudam, bem como evitar o consumo de bebidas alcoólicas, cigarro e outras drogas.
Ficar em dia com as consultas médicas e investir em terapia também são recomendados.
Como a empresa pode ajudar na prevenção do burnout?
Como o distúrbio está totalmente relacionado ao trabalho, é necessário realizar uma intervenção da empresa no modo como o funcionário diagnosticado está realizando suas atividades.
Para isso, é fundamental que a empresa controle os horários de trabalho dos funcionários para que eles não extrapolem as horas diárias. Também pode oferecer programas de exercícios físicos, dentro ou fora do ambiente de trabalho.
Orientar gerentes e diretores a não sobrecarregarem ou pressionarem de maneira excessiva, colocando objetivos difíceis demais para serem alcançados, também é um papel da empresa que se preocupa com o bem estar do funcionário.
Outra atitude que ajuda na prevenção, é o incentivo financeiro para que os trabalhadores façam psicoterapia e tenham atividades de lazer. Além de promover workshops e palestras sobre saúde mental para que os colaboradores entendam mais sobre o assunto e possam ajudar na prevenção.
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