Junho Vermelho: saiba mais sobre a importância da doação de sangue
Qual a importância do Junho Vermelho?
Ao se falar de saúde, não é incomum entrar no assunto de doação de sangue. Costumamos ver em filmes ou seriados médicos o foco envolvendo transfusões de sangue em meio ao desespero fictício. No entanto, a realidade envolvendo doação de sangue sofre com a falta de informação sobre como doar, quem pode fazê-lo ou a sua necessidade para a saúde.
De acordo com o Ministério da saúde, 16 a cada mil habitantes são doadores de sangue, representando apenas 1,6% da população. Além disso, 90% das pessoas não doam com frequência.
Em vista disso, o Movimento Eu Dou Sangue Brasil, criado em 2011 para dar suporte à campanha de mesmo nome em São Paulo, criou a campanha Junho Vermelho, para conscientizar e incentivar a doação de sangue.
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Como surgiu o Junho Vermelho?
Criada em 2015, a campanha nasceu em junho pela motivação do Dia Mundial do Doador de Sangue, celebrado em 14 de junho, bem como temperaturas mais baixas no território brasileiro.
O Junho Vermelho é comemorado no Estado de São Paulo, e foca na em todos os aspectos que envolvem a doação de sangue, não só o processo como a divulgação do gesto. O foco é, além de trazer conhecimento e segurança sobre tudo que envolve a doação, também enaltecer e homenagear as pessoas doadoras.
Neste ano de 2022, foi lançada a proposta do Projeto de Lei 205/22, instituindo a campanha de saúde pública Junho Vermelho. Suas atividades, promovidas pelo poder público, deverão incluir a criação e divulgação de material didático sobre a doação de sangue, ações educativas e eventos para conscientização popular. Por fim, a iluminação de prédios públicos na cor vermelha por todo mês de junho.
O que é a doação de sangue e por que doar
A doação de sangue consiste em doar uma parte do próprio sangue, com o intuito de ter disponível para ajudar pessoas que passam por tratamentos médicos de grande complexidade, tais como procedimentos oncológicos, cirurgias ou transplantes.
A doação de sangue também auxilia pessoas que sofrem de doenças crônicas graves, tais como Talassemia e Doença Falciforme, para que possam ter melhor qualidade de vida.
A doação consiste na retirada de 450 mL de sangue por uma agulha num dos braços. Todas as coletas são feitas por pessoas com capacitação e sempre sob supervisão de um médico ou enfermeiro.
Uma doação pode salvar a vida de até quatro pessoas. Estima-se que, se cada pessoa apta a doar o fizesse pelo menos duas vezes por ano, não seriam necessárias campanhas emergenciais para reposição de estoque, uma vez que não há substituto para o sangue.
Campanhas como o Junho Vermelho focam nesta conscientização para garantir o bem estar da população como um todo, uma vez que qualquer pessoa está sujeita a acidentes ou problemas de saúde.
Quem pode doar
Pessoas entre 16 e 69 anos que pesem mais de 50 kg estão aptas a doar, apresentando um documento com foto. Menores de 18 anos necessitam de consentimento formal de seus responsáveis. Homens podem doar até quatro vezes num ano (com espaço de dois meses entre doações), enquanto mulheres têm um máximo de três doações (com espaço de três meses).
Existem outros requerimentos, como não ter ingerido bebida alcoólica nas 12 horas que antecedem a doação de sangue, não apresentar sintomas de gripe, febre ou resfriado, entre outros. A listagem completa pode ser encontrada no site do Ministério da Saúde, referente à doação de sangue.
Doações e Covid
Durante a pandemia, bancos de sangue no mundo todo registraram baixas. Claro, o isolamento e o medo de contaminação ante a um vírus que se tinha pouco conhecimento faria com que a comunidade evitasse hospitais e outros centros de coleta.
Como resposta, tanto o Ministério da Saúde quanto os hemocentros garantem que tomam todas as medidas de distanciamento social e higiene, com o intuito de evitar o contágio no processo de doação.
Por que incentivar a doação com o Junho Vermelho?
Nos dias de exposição e visibilidade de mídias e redes sociais, o público cobra de empresas não só bons produtos ou serviços, mas iniciativas sociais que tragam benefícios à sociedade, mostrando o lado mais humanizado da empresa. A doação de sangue através da campanha do Junho Vermelho, além de trazer os benefícios citados anteriormente, também gera engajamento entre colaboradores.
Em 2017, uma pesquisa da Santo Caos concluiu que pessoas que realizam trabalho voluntário são 16% mais engajadas do que aqueles que não o fazem. Ao participar de movimentos sociais solidários, como o Junho Vermelho, a empresa mostra a seus colaboradores que se preocupa muito mais do que apenas com o aspecto comercial e oferece a seus membros a oportunidade de ser parte disso. Fazer um gesto solidário causa um sentimento de realização às pessoas que o fazem.
Além disso, a CLT garante um dia de folga a cada doze meses para doadores de sangue. Uma vez que o colaborador fizer sua doação, pode apresentar seu comprovante recebido no posto de doação ao RH da empresa e solicitar seu abono.
Evidentemente, isso não significa que possam ser feitos acordos internos que incentivem com maior ênfase a doação de sangue. Trazer outros benefícios a seus colaboradores por participarem de gestos voluntários de solidariedade, como o Junho Vermelho, não só os recompensa por participarem de algo claramente positivo para a sociedade, mas também dá a oportunidade que sejam exemplos visíveis da preocupação da empresa com a comunidade. Uma empresa que se preocupa com o bem estar da comunidade mostra seu lado humano e gera maior compromisso e engajamento de seus colaboradores.
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