Soft skills: 90% dos recrutadores apontam as habilidades interpessoais como preditivas para contratações
Com a adoção dos novos modelos de trabalho e toda a transformação vivenciada pelo mundo corporativo nos últimos anos, habilidades que vão além do conhecimento técnico, formação e operacional, adquiridas por experiências anteriores, passaram a ser igualmente avaliadas pelas companhias.
Denominadas como soft skills, as habilidades interpessoais já são consideradas tão ou mais importantes que as demais (hard skills) por 92% dos recrutadores, conforme o relatório Global Trends Report, feito pelo Linkedin. Ainda de acordo com o estudo, 89% das contratações que não foram bem-sucedidas atribuem-se à ausência das características comportamentais e emocionais adequadas.
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Especialmente aos profissionais que almejam evoluir em suas carreiras e chegar aos altos cargos, as soft skills tornaram-se preditivas para esta jornada. Nesse sentido, a capacidade de liderança envolve competências como a empatia, a inteligência emocional, comunicação eficiente e objetiva, flexibilidade, criatividade, resiliência, e espírito de equipe. Habilidades como estas, atreladas a toda a bagagem de conhecimento prático, formam um conjunto de pré-requisitos necessários aos que desejam galgar posições de destaque nas companhias.
De acordo com Heloísa Capelas, uma das maiores especialistas em autoconhecimento e inteligência emocional do país, a capacidade de trabalhar em equipe é crucial, principalmente, porque ao chegar em altos cargos, o profissional será responsável por liderar pessoas, traçar grandes estratégias junto aos times, saber ouvir e dar feedbacks construtivos, além de abraçar a diversidade, que está cada vez mais presente no mundo corporativo.
“Saber trabalhar em equipe é o melhor caminho. Cada pessoa tem um jeito especial, particular e impressionante de resolver de diferentes jeitos o mesmo problema, e isso se torna ainda mais evidente em equipes diversas. É preciso ter abertura para novas ideias, tranquilidade para entrega, espírito de colaboração, sagacidade, vontade de ver o diferente, disponibilidade de ouvir e coragem de falar e se posicionar, explicar pontos de vista, e equilibrar todas as diferentes ideias. Essas qualidades se estendem de líderes a liderados para a execução de um bom trabalho e crescimentos pessoais e profissionais”, explica Heloísa.
Como desenvolver as soft skills
Diferentemente das habilidades técnicas, que podem ser adquiridas em cursos profissionais e de capacitação, as soft skills demandam um trabalho, primeiramente, de autoconhecimento e desenvolvimento da inteligência emocional. É preciso conhecer a si, seus objetivos, definir onde quer chegar, e entender todas as expectativas inerentes às suas contribuições.
“Somos tudo aquilo que acreditamos ser e trazemos essas crenças, muitas vezes, sem perceber. Pessoas muito críticas, julgadoras e competitivas, por exemplo, serão primeiramente desta forma com elas mesmas, para depois serem com os outros. Para desenvolver soft skills como a colaboração, é preciso trabalhar a crença de que se faz melhor quando se faz sozinho. Antes de desenvolver a habilidade de ouvir com atenção, trabalhe sua crença de que as pessoas não têm nada a acrescentar, que você conhece mais que a maioria dos seus colegas. É assim que vamos criando essas habilidades, olhando para o que acreditamos e analisando se aquilo realmente faz sentido. Caso contrário, se as habilidades não se tornarem crenças, não nos apropriamos delas. Quando você crê, o treino é a única maneira de acertar, afinal, a constância gera sucesso. Por isso, a grande pergunta é, em que você acredita?”, conclui Heloísa.
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Sobre Heloísa Capelas
Heloísa Capelas é reconhecida como uma das mais brilhantes especialistas em Autoconhecimento e Inteligência Emocional do país. Autora best-seller, palestrante e empresária, é mentora de líderes e ministra treinamentos para profissionais que buscam evolução na vida e carreira. É criadora do Universo do Autoconhecimento, plataforma de cursos on-line, e considerada uma das maiores autoridades para aplicação do Processo Hoffman no mundo. CEO do Centro Hoffman, sua mais recente obra é “Inovação Emocional”, seguida de “Perdão, a Revolução que falta” e “O Mapa da Felicidade”.