Brasil registrou 44 mortes diárias por câncer de próstata por dia em 2021

Brasil registrou 44 mortes diárias por câncer de próstata por dia em 2021

O câncer de próstata é o mais incidente no homem (excluindo-se o câncer de pele não melanoma) e o segundo que mais mata, atrás do câncer de pulmão. Dados do Sistema de Informação sobre Mortalidade do Ministério da Saúde revelam que, de 2019 a 2021, foram mais de 47 mil óbitos em razão desse tipo de tumor. 

No ano passado, 16.055 homens morreram em consequência da doença, o que corresponde a cerca de 44 mortes por dia. De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), são esperados 65.840 novos casos de câncer de próstata em 2022.

Para mudar esse cenário e incentivar o cuidado com a saúde de uma forma global, a Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) realiza mais uma edição da campanha Novembro Azul, que este ano traz a mensagem: “Saúde também é papo de homem”.

Câncer de próstata

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Ao longo de novembro, o conteúdo das redes sociais do Portal da Urologia será voltado para a saúde masculina, e haverá lives com médicos de diversas especialidades.

Segundo o presidente da SBU, Alfredo Felix Canalini, o objetivo é conscientizar os homens sobre a necessidade dos cuidados com a própria saúde de forma rotineira, e não somente quando aparece algum problema.

“Além da divulgação dos hábitos para se ter uma vida saudável, também informamos que muitas doenças, na fase inicial, são totalmente assintomáticas, mas podem ser diagnosticadas e tratadas mais facilmente com exames periódicos de check-up. O câncer da próstata é o melhor exemplo disso”, disse o médico.

Em 2019, foram registradas 15.983 mortes em decorrência do câncer de próstata; em 2020, 15.841 e, em 2021, 16.055. De acordo com a diretora de Comunicação da SBU, Karin Anzolch, os números mostram um ligeiro aumento da mortalidade por câncer de próstata em 2021 comparado aos dois anos anteriores.

Faça seu exame periódico e previna o câncer de próstata

“Ainda não sabemos se é um fato isolado, ou se poderá ser reflexo de um aumento em decorrência da pandemia, quando já havia uma preocupação por parte da nossa Sociedade porque muitos tratamentos e acompanhamentos acabaram sendo impactados. Os próximos números devem nos ajudar a entender melhor esse cenário”, afirmou a médica.

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Segundo a SBU, outro indicador do Ministério da Saúde mostra o impacto da doença no país. Em 2020, foram registradas 31.888 biópsias, em 2021, 34.673, e até agosto deste ano, mais de 27 mil. A biópsia é solicitada quando o médico desconfia de que há algo errado ao analisar os exames de toque retal e dosagem de PSA.

Apesar de poder atingir qualquer homem, os principais fatores de risco da doença são: idade (é um câncer raro antes dos 40 anos e aumenta com o envelhecimento); histórico familiar de câncer de próstata em pai, irmão ou tio; homens de raça negra; obesidade.

A neoplasia de próstata em estágio inicial, quando as chances de cura chegam a 90%, não apresenta sintomas. Quando aparecem, o tumor geralmente está em uma fase mais avançada, podendo o homem ter dificuldade para urinar, micção frequente, disfunção erétil, presença de sangue na urina ou no sêmen e dores pélvicas ou ósseas.

Para o diagnóstico precoce da doença, a SBU recomenda que homens a partir de 50 anos, mesmo sem apresentar sintomas, procurem um urologista para avaliação individualizada. Aqueles que integram o grupo de risco são orientados a começar os exames mais cedo, a partir dos 45 anos.

“Essas orientações quanto à idade valem quando não houver sintomas. Se houver, a procura pelo urologista deve ser feita o mais breve possível. Vale lembrar que os sintomas não são exclusivos de câncer de próstata, nem mesmo de outras doenças da próstata, mas que, por não serem normais, sempre devem ser avaliados porque podem indicar problemas que também podem ter impacto importante na saúde do homem”, afirmou Karin.

Os exames iniciais para detecção precoce do câncer de próstata compreendem a dosagem de PSA e o toque retal.

Novembro Azul no Brasil?

O movimento Novembro Azul chegou ao Brasil em 2008, com o apoio do Instituto Lado a Lado pela Vida em parceria com a Sociedade Brasileira de Urologia. O grande problema no país, é desmistificar as piadas sobre o toque retal e acabar com polêmicas e preconceitos que atrapalham a importante campanha. O Novembro Azul no Brasil é marcado por diversas campanhas intensas que se unem com grandes marcas e com a ajuda de cidades que iluminam seus pontos turísticos na cor azul.

câncer de próstata
Cristo Redentor – Rio de Janeiro em apoio ao Novembro Azul
câncer de prostata
Torre Eiffel – Paris, França – em homenagem ao Npvembro Azul
Klaus Simões

Klaus Simões

Jornalista pela FIAM e comunicador visual pela Etec de São Paulo, possui ampla experiência com produção de conteúdo social. Especialista em cotidiano, cultura e entretenimento, é redator na D+ Saúde.

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