Câncer: Brasil terá 704 mil novos casos por ano até 2025

Câncer: Brasil terá 704 mil novos casos por ano até 2025

O Brasil deve registrar 704 mil novos casos de câncer por ano de 2023 a 2025, com destaque para as regiões Sul e Sudeste, que concentram cerca de 70% da incidência. A estimativa foi divulgada hoje (23) pelo Instituto Nacional de Câncer (Inca).

A publicação Estimativa 2023 – Incidência de Câncer no Brasil mostra que o tumor maligno mais incidente é o de pele não melanoma, com 31,3% do total de casos, seguido pelos de mama feminina (10,5%), próstata (10,2%), cólon e reto (6,5%), pulmão (4,6%) e estômago (3,1%).

Segundo a pesquisadora do Inca Marceli Santos, os casos no Brasil estão ficando semelhantes, de uma forma geral, com os tipos de câncer que acometem os países mais urbanizados: mama, cólon e reto e pulmão.

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Nas mulheres, o câncer de mama é o mais incidente (66,54%), depois do de pele não melanoma, com 74 mil novos casos previstos por ano até 2025. Nas regiões mais desenvolvidas do país, em seguida vem o câncer colorretal, mas, nas de menor Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), o tumor do colo do útero ocupa esta posição.

Nos homens, o câncer de próstata é predominante em todas as regiões, com incidência de 67,86%, totalizando 72 mil casos novos estimados a cada ano até 2025, atrás do câncer de pele não melanoma. Nas regiões de maior IDH, os tumores malignos de cólon e reto ocupam a segunda e terceira posição, e, nas menos desenvolvidas, o câncer de estômago é o segundo ou terceiro mais frequente.

Ao todo, foram estimadas as ocorrências para 21 tipos de câncer mais incidentes no país, com a inclusão dos tumores de pâncreas e fígado. De acordo com a pesquisadora da Coordenação de Prevenção e Vigilância do Inca Marianna Cancela, a equipe decidiu incluir esses cânceres por serem um problema de saúde pública em regiões brasileiras e também com base em estimativas mundiais.

“O câncer de fígado aparece entre os dez mais incidentes na Região Norte, estando relacionado a infecções hepáticas e doenças hepáticas crônicas. O câncer de pâncreas aparece entre os dez mais incidentes na Região Sul, sendo seus principais fatores de risco a obesidade e o tabagismo”, disse Marianna.

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Nesta página você pode encontrar as taxas de incidência e mortalidade para todos os tipos de câncer (excluindo o câncer de pele não melanoma) para todos os países do mundo.

Globalmente, 18.094.716 milhões de casos de câncer foram diagnosticados em 2020. A taxa padronizada por idade para todos os tipos de câncer (excluindo câncer de pele não melanoma) para homens e mulheres combinados foi de 190 por 100.000 em 2020. A taxa foi maior para homens (206,9 por 100.000 ) do que para as mulheres (178,1 por 100.000).

Com a carga crescente em quase todos os países, a prevenção do câncer é um desafio significativo para a saúde pública. Cerca de 40% dos casos de câncer poderiam ser evitados combatendo os fatores de risco relacionados à dieta, nutrição e atividade física – para obter mais informações, consulte nossas recomendações de prevenção do câncer .

Reduzir o fardo do câncer requer uma ação concertada e integrada em toda a sociedade, incluindo a sociedade civil, setor privado, saúde e outras profissões. Navegue em nossa seção de política para ver como estamos trabalhando com outras pessoas para ajudar a fazer isso acontecer.

Taxas padronizadas por idade 

Estes são uma medida resumida da taxa de doença que uma população teria se tivesse uma estrutura etária padrão. A padronização é necessária ao comparar populações que diferem em relação à idade, porque a idade tem uma influência poderosa no risco de morrer de câncer.

Incidência global de câncer

A maior taxa de câncer para homens e mulheres combinados foi na Dinamarca em 334,9 pessoas por 100.000. A taxa padronizada por idade foi de pelo menos 300 por 100.000 para 10 países: Dinamarca, Irlanda, Bélgica, Hungria, França, Holanda, Austrália, Noruega, França (Nova Caledônia) e Eslovênia.

Esta produção foi adaptada a partir de um texto reproduzido da Agência Brasil

Klaus Simões

Klaus Simões

Jornalista pela FIAM e comunicador visual pela Etec de São Paulo, possui ampla experiência com produção de conteúdo social. Especialista em cotidiano, cultura e entretenimento, é redator na D+ Saúde.

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