Julho Amarelo: um alerta sobre as hepatites virais
Com a chegada do sétimo mês do ano, o Julho Amarelo traz um alerta acerca do combate às hepatites virais. A campanha consiste em conscientizar a população para a prevenção, diagnóstico e prevenção da doença que acomete o fígado.
Dessa forma, durante esse período, a campanha Julho Amarelo traz um papel fundamental para a saúde pública e permite que todos possam se envolver nessa luta.
No ano de 2022, a campanha Julho Amarelo pede ainda mais força, pois, nos últimos meses, os casos de hepatite viral em crianças tomaram uma proporção ainda mais alarmante. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 200 casos já foram confirmados ao redor do mundo este ano, até o dia 29 de abril.
A D+ SAÚDE Medicina e Segurança do Trabalho te conta tudo que você precisa saber para ser parte ativa dessa importantíssima campanha.
Leia também: Maio Amarelo tem como foco reduzir os acidentes de trânsito: saiba mais
Quando surgiu a campanha Julho Amarelo?
O Julho Amarelo surgiu em 2010, quando a OMS criou a campanha a fim de conscientizar a população mundial sobre as hepatites virais. No Brasil, por sua vez, pode-se dizer que, oficialmente, a campanha Julho Amarelo foi instituída pela Lei Federal nº 13.802/2019. Essa lei, portanto, tem o foco de reforçar a vigilância sanitária e impor ações de prevenção e controle da doença.
Assim, como a hepatite pode ser transmitida por um vírus, a campanha também alerta para a importância da vacinação (disponível gratuitamente no SUS).
As hepatites, que são inflamações no fígado, se não forem tratadas adequadamente, podem comprometer por completo o órgão e até mesmo desencadear doenças mais sérias, como a cirrose ou câncer no fígado.
Felizmente, a campanha — com data oficial em 28 de julho — vem surtindo efeito. No Mato Grosso do Sul, por exemplo, as notificações de hepatite reduziram significativamente entre 2019 e 2020.
Quais são as hepatites virais?
A hepatite é uma doença com muitas categorias, sendo classificada como: A, B, C, D, E, F, G, hepatite medicamentosa, hepatite autoimune e hepatite crônica. No entanto, as mais comuns no Brasil são a A, B e C.
Hepatite A
Em grande parte dos casos, a hepatite A traz sintomas mais discretos, que não são percebidos, via de regra, pelo paciente, já que se apresentam de forma similar a eventuais desconfortos do dia a dia.
Esses sintomas são: fraqueza, cansaço, falta de apetite e dor abdominal na parte superior da barriga. Já nas ocorrências mais graves, o indivíduo pode apresentar hepatite fulminante. Porém, quem já pegou hepatite A recebe uma certa imunidade à doença, o que não significa dizer que estará livre das outras classes.
A contaminação ocorre por meio do contato do indivíduo com água ou alimento contaminado com o vírus da hepatite A. Por isso, é importante ter sempre o cuidado de não consumir alimentos sem lavar (no caso de frutas e vegetais), além de ter a garantia de estar ingerindo água devidamente tratada.
Hepatite B
A Hepatite B é transmitida pela infecção, a partir do contato com secreções ou sangue contaminado com o vírus. Além disso, esse tipo de hepatite pode não apresentar sintomas, o que facilita seu agravamento, já que o paciente geralmente busca tratamento tardiamente.
A forma mais eficaz de se prevenir contra a hepatite B é tomando as vacinas no período correto. Além disso, também é indicado não utilizar ferramentas de manicure de terceiros, não fazer tatuagens em locais não confiáveis com higiene ou aplicação de piercings e outras ações similares.
Hepatite C
A terceira classificação de hepatite viral, a hepatite C, também é causada da mesma forma que a B, porém os sintomas aparecem entre 2 meses e 24 meses depois do contato com o vírus. A pele amarelada e a urina escura, por exemplo, são alguns dos principais sintomas dessa vertente.
Com a hepatite C, a prevenção também é a mesma que deve ser seguida com o tipo viral B, apesar do tratamento ser um pouco diferente. Tendo em vista que os sintomas demoram a aparecer, recomenda-se fazer o check up clínico 2 vezes ao ano para identificar a doença. Dessa maneira, o médico prescreverá antivirais para tratamento de, aproximadamente, seis meses.
Como as empresas podem aderir à campanha Julho Amarelo?
O engajamento de todos é indispensável na luta contra a hepatite viral e a participação das companhias não deve ficar de fora.
Sendo assim, para participar do movimento Julho Amarelo, o primeiro passo é fazer o alerta dentro da própria empresa, afinal, os colaboradores também fazem parte da organização e são cruciais no repasse da mensagem.
Tendo isso em vista, algumas ações que podem ser adotadas para a empresa aderir à campanha Julho Amarelo são:
- Comunicação em banners, quadros de avisos e até mesmo via web (nos grupos de comunicação digital das equipes) para alertar os trabalhadores sobre a campanha;
- Promover a motivação dos colaboradores a fazerem visitas de rotina ao médico;
- Vestir todos os colaboradores de amarelo no dia mundial contra as hepatites virais (28/7) para fazer fotos para as redes sociais, ou campanhas em espaços abertos, interagindo com outras pessoas e repassando as informações.
Leia também: Abril Verde: prevenção de acidentes do trabalho
É importante destacar que medidas e ações de conscientização e prevenção podem ser adotadas durante todo o ano na sua empresa, não somente em relação às hepatites virais no Julho Amarelo. Em nosso blog, você encontra diversas informações acerca de doenças e normativas relacionadas à medicina e segurança do trabalho.
Também é possível traçar um plano completo para o seu negócio, visando a saúde de seus colaboradores e da organização. Entre em contato e faça seu orçamento!